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A estratégia entressafra viabiliza a alimentação animal de qualidade mesmo em períodos mais secos, época em que o pasto não é suficiente para suprir as exigências de consumo. Um bom planejamento nutricional neste período garante um bom resultado produtivo e financeiro da atividade.
Este tipo de conservação de forragem se apresenta como o principal método para garantir os nutrientes durante o inverno. Existem tipos de silos e materiais forrageiros que podem ser utilizados para tal fim e devem ser escolhidos dependendo da necessidade e das particularidades da fazenda.
Para a produção de uma silagem de boa qualidade existem diversos fatores que influenciam em seu produto final. Deve-se compreender que é um processo de conservação que ocorre em meio anaeróbico pela acidificação do material, ou seja, livre da presença de ar, micro-organismos especializados acidificam o material para a sua conservação. Para que isso ocorra da melhor forma, são necessários alguns cuidados para garantir a maior preservação do material.
Quanto a escolha da forrageira a ser utilizada é necessário se levar em consideração os recursos disponíveis na fazenda, além de características bromatológicas do material. Existem culturas que irão demandar maior mão-de-obra e investimento que outras e isso pode ser um fator limitante para algumas propriedades.
Além disso, deve-se observar características como matéria seca e capacidade tampão do material para que haja uma melhor acidificação. Leguminosas possuem alto poder tampão, o que dificulta a acidificação do material por exemplo. Capins, como o Capiaçu, possuem um ponto de corte diferente do milho, por ser um material com menor porcentagem de matéria seca (MS), o seu ponto de corte ideal é quando o material apresenta no mínimo 25% de MS enquanto o milho é de 33%.
Caso a MS seja menor do que o ideal, haverá uma maior quantidade de água dentro do silo o que pode causar lixiviação dos nutrientes. Já quando o material está mais seco do que o recomendado, haverá uma maior dificuldade de compactação e um menor aproveitamento pelo animal devido a lignificação do material.
O cuidado com a colheita deste material também influencia diretamente no em sua qualidade. As máquinas devem ser bem cuidadas e bem ajustadas, respeitando o tamanho de partícula de cada material. Quanto maior a partícula, menor será o aproveitamento pelo animal, haverá uma maior seleção e uma maior dificuldade na compactação desta silagem. Outro detalhe importante é altura de colheita, onde, deve-se evitar ao máximo trazer terra para dentro do silo, pois é um material contaminante que pode ocasionar em fermentações indesejadas.
A escolha da instalação do silo deve levar em consideração alguns pontos, como: estar próximo ao local onde será ofertado aos animais, ter uma boa drenagem e que os animais não tenham acesso.
No momento da compactação do silo, é imprescindível que seja feita com máquinas que tenha 40% do peso do que é cortado por hora. Evitar que as rodas do trator tragam terra para dentro deste silo. A compactação é quem dita a velocidade da confecção da silagem e deve ser feita sempre em formato de rampa, para que haja uma maior segurança do material.
Em seguida, é necessário vedar o silo para garantir a anaerobiose. Atualmente existem diversas formas de vedação, as quais devem ser feitas de acordo com as condições da fazenda. Se possível, utilizando filmes com barreira de oxigênio e lonas específicas.
Manter o silo intacto até o momento da sua abertura é uma missão importante e que deve reter toda atenção. Não deixar que entre água ou ar e manter os animais são fundamentais para esta etapa.
Por fim, o momento de abertura do silo requer cuidados, como tempo mínimo para iniciar a utilização de 30 dias para garantir a conservação e a quantidade e maneira de retirada por dia, diminuindo a infiltração do ar e garantindo menores perdas.