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3 de November de 2023No dia 18 de outubro de 2022, foi realizada a 4ª Masterclass da Safra 22/23, com o mentor Prof. Zequinha, intitulada “Dicas para ter uma estação de monta com eficiência”.
Vasconcelos pontuou que a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) é uma ferramenta que permite realizar uma estação de monta mais curta, trazendo um diagnóstico antecipado, menor tempo para detecção de prenhez e descarte das vazias, menor taxa de lotação durante o período mais seco do ano, obtendo somente as melhores matrizes, que vão necessitar de menor suplementação e manutenção, resultando em uma fase de recria mais cedo.
Ao planejar a estação de monta (EM) da fazenda, é importante observar o escore de condição corporal (ECC) das vacas, que afeta tanto na fertilidade quanto na produção de leite da mesma, e consequentemente no kg de bezerro desmamado por vaca exposta, que é tido como o indicador mais importante em fazendas que possuem cria. Quanto maior ECC (acima de 3) ao parto, maior será a qualidade do bezerro e maior resultado na IATF posteriormente.
Para avaliar qual é o melhor momento para a início de estação de monta (EM) é necessário observar a oferta e qualidade dos alimentos, e conciliar com a exigência animal. É necessário ter pasto em boa quantidade e qualidade para as vacas paridas. Além disso, deve-se desmamar os bezerros no período que ainda há oferta de comida para que a vaca consiga recuperar o escore corporal para a próxima monta. Deve-se evitar ao máximo antecipar ou atrasar o início da EM, cumprindo sempre o programado.
Além disso, é fundamental observar as categorias mais sensíveis, que são as primíparas, nulíparas e vacas com maior produção de leite e habilidade materna. Como exemplo da importância de uma boa conciliação entre nutrição e reprodução, primíparas com melhores escores na EM emprenham 16,3% mais do que as com pior escore.
A escolha dos protocolos e de números de IATFs são um segundo passo para o sucesso da EM, sendo totalmente atrelados ao ECC dos animais. Geralmente, as vacas que mais necessitam de um segundo protocolo são as vacas mais magras, pois quando perde ECC elas entram em anestro.
A seleção genética do animal também impacta diretamente em sua qualidade reprodutiva. A seleção por habilidade materna e precocidade, por exemplo, trazem desafios pois possuem maior exigência nutricional. Esses animais possuem maior susceptibilidade a perda de peso. Além disso, o temperamento da vaca reflete diretamente na fertilidade da mesma, quanto mais estressada, menos ela emprenha, produz menos kg de bezerro desmamado por vaca exposta.
Como conclusão, o sucesso da IATF depende de diversos fatores, como vaca (escore de condição corporal – ECC, genética, temperamento), sêmen (qualidade, genética, manejo na Inseminação Artificial – IA) e inseminador (calma, depositar no local adequado, temperatura adequada), sendo papel do pecuarista encontrar os melhores caminhos para cada realidade de fazenda.