Eficiência reprodutiva e seus impactos na produtividade


 Dia 19 de setembro de 2023 ocorreu a terceira Masterclass da safra 2023/2024. Nesta masterclass, o Prof. Pietro S. Baruselli discorreu sobre “Eficiência reprodutiva e seus impactos na produtividade”. 

 

 

Prof. Baruselli iniciou a Masterclass apontando os principais desafios de se desenvolver uma pecuária sustentável, que na sua visão é produzir mais por hectare, com baixo impacto ambiental e uma maior eficiência reprodutiva.

Segundo dados apresentados pela FAO, ao longo dos anos foi observado um crescimento na população mundial e consequentemente um crescimento da demanda por alimentos, se fazendo necessário o uso de tecnologias que otimizem a produção da pecuária nacional e produzam com mais qualidade e quantidade em equilíbrio com o ambiente.  

O Brasil está em primeiro lugar no ranking mundial como o país que possui o maior rebanho bovino do mundo, com aproximadamente 219 milhões de cabeças e 90 milhões de matrizes. Em comparação, o Estados Unidos ocupa a terceira colocação com 89 milhões de cabeças e 40 milhões de matrizes, porém, produz cerca de 133,2 kg/animal/ano, sendo o maior produtor de carne bovina do mundo com um número menor de cabeças em relação ao Brasil que produz 45,8 kg/animal. 

O sistema de Cria ocupa hoje cerca de 14% do território nacional, o que equivale a 120 milhões de hectares. Atualmente, a média do rebanho brasileiro é de 60% bezerros desmamados para cada 100 matrizes, sendo o ideal ter 80% de taxa de desmame. Além disso, a idade ao primeiro parto, é de 4 anos, enquanto o ideal é que seja aos 2 anos de idade. 

Baruselli afirma que se reduzirmos a idade ao primeiro parto para 24 meses e aumentarmos a taxa de desmame para 80%, produziríamos a mesma quantidade de carne ao equivalente em uma área de pastagem 26% menor e redução na emissão de CO2eq. 

A Inseminação artificial em tempo fixo (IATF) aumentou cerca de 362% ao longo de 20 anos, sendo estimadas 25,7 milhões de matrizes inseminadas, trazendo uma crescente preocupação quanto a destinação correta de resíduos de protocolos de inseminação e bem estar animal no manejo de inseminação.  

A IATF possibilita que as taxas de prenhez sejam maiores, além de antecipação, pois matrizes que emprenham no início da estação de monta aumentam as taxas de reconcepção na próxima. Outro fator positivo desse manejo é que matrizes que parem mais cedo, desmamam bezerros mais pesados. 

A IATF possibilita um maior retorno financeiro do que a monta natural. Perspectivas para os próximos 2 anos é de que haja uma valorização do bezerro, sendo a atividade de cria uma boa oportunidade para investimentos. 

Os ganhos genéticos são maiores quando a idade ao primeiro parto é menor (2 anos), aumentando cerca de 200% no ganho genético e produzindo 3 bezerros em 4 anos. 

Em conclusão, são diversos fatores no qual a pecuária brasileira deve desenvolver para obter uma boa eficiência reprodutiva, desde fatores relacionados a matriz (nutrição, sanidade. genética e ambiência), fatores relacionados a execução de procedimentos (inseminadores, tratamentos de sincronização e instalações) e fatores relacionados a qualidade do sêmen (fertilidade do touro e manipulação do sêmen). 

 

3º Masterclass Safra 2023/2024

Eficiência reprodutiva e seus impactos na produtividade


 Dia 19 de setembro de 2023 ocorreu a terceira Masterclass da safra 2023/2024. Nesta masterclass, o Prof. Pietro S. Baruselli discorreu sobre “Eficiência reprodutiva e seus impactos na produtividade”. 

 

 

Prof. Baruselli iniciou a Masterclass apontando os principais desafios de se desenvolver uma pecuária sustentável, que na sua visão é produzir mais por hectare, com baixo impacto ambiental e uma maior eficiência reprodutiva.

Segundo dados apresentados pela FAO, ao longo dos anos foi observado um crescimento na população mundial e consequentemente um crescimento da demanda por alimentos, se fazendo necessário o uso de tecnologias que otimizem a produção da pecuária nacional e produzam com mais qualidade e quantidade em equilíbrio com o ambiente.  

O Brasil está em primeiro lugar no ranking mundial como o país que possui o maior rebanho bovino do mundo, com aproximadamente 219 milhões de cabeças e 90 milhões de matrizes. Em comparação, o Estados Unidos ocupa a terceira colocação com 89 milhões de cabeças e 40 milhões de matrizes, porém, produz cerca de 133,2 kg/animal/ano, sendo o maior produtor de carne bovina do mundo com um número menor de cabeças em relação ao Brasil que produz 45,8 kg/animal. 

O sistema de Cria ocupa hoje cerca de 14% do território nacional, o que equivale a 120 milhões de hectares. Atualmente, a média do rebanho brasileiro é de 60% bezerros desmamados para cada 100 matrizes, sendo o ideal ter 80% de taxa de desmame. Além disso, a idade ao primeiro parto, é de 4 anos, enquanto o ideal é que seja aos 2 anos de idade. 

Baruselli afirma que se reduzirmos a idade ao primeiro parto para 24 meses e aumentarmos a taxa de desmame para 80%, produziríamos a mesma quantidade de carne ao equivalente em uma área de pastagem 26% menor e redução na emissão de CO2eq. 

A Inseminação artificial em tempo fixo (IATF) aumentou cerca de 362% ao longo de 20 anos, sendo estimadas 25,7 milhões de matrizes inseminadas, trazendo uma crescente preocupação quanto a destinação correta de resíduos de protocolos de inseminação e bem estar animal no manejo de inseminação.  

A IATF possibilita que as taxas de prenhez sejam maiores, além de antecipação, pois matrizes que emprenham no início da estação de monta aumentam as taxas de reconcepção na próxima. Outro fator positivo desse manejo é que matrizes que parem mais cedo, desmamam bezerros mais pesados. 

A IATF possibilita um maior retorno financeiro do que a monta natural. Perspectivas para os próximos 2 anos é de que haja uma valorização do bezerro, sendo a atividade de cria uma boa oportunidade para investimentos. 

Os ganhos genéticos são maiores quando a idade ao primeiro parto é menor (2 anos), aumentando cerca de 200% no ganho genético e produzindo 3 bezerros em 4 anos. 

Em conclusão, são diversos fatores no qual a pecuária brasileira deve desenvolver para obter uma boa eficiência reprodutiva, desde fatores relacionados a matriz (nutrição, sanidade. genética e ambiência), fatores relacionados a execução de procedimentos (inseminadores, tratamentos de sincronização e instalações) e fatores relacionados a qualidade do sêmen (fertilidade do touro e manipulação do sêmen). 

 

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